Completando 20 anos de carreira dedicados à viola brasileira de dez cordas (viola caipira), com experiência nacional e em palcos de Portugal, Espanha, México, Inglaterra e Estados Unidos, o músico, pesquisador e compositor João Paulo Amaral se destaca por propor novos caminhos musicais para esse instrumento centenário. Para comemorar os 20 anos de carreira, lança seu novo album AÇO DA TERRA - já disponível em todas plataformas digitais. O album traz as participações de Alberto Luccas (baixo acústico), Ana Luiza (voz), Cleber Almeida (bateria), Ricardo Herz (violino) além do seu pai, Valdo (voz) aos 82 anos.
Sobre seu trabalho, escreveram Paulo Bellinati "...além das cores e matizes regionais bem delineados, descobrimos uma viola do futuro", Ivan Vilela "... só pelo tanto que toca já deixou seu nome impresso na história da viola" e Ulisses Rocha "A música pode ser bonita, difícil, interessante, e muitas outras coisas. Nas mãos do João Paulo, a música é arte!!"
Seu contato com a música caipira começou na infância, quando acompanhava seu pai em cantorias na sua cidade natal, Mogi das Cruzes – SP, e nas viagens ao sul de Minas Gerais. Seus primeiros estudos musicais foram no violão, com Vital Medeiros e Jumar Silva, e na guitarra com Mozart Mello. Posteriormente estudou com Jarbas Barbosa e Luis Felipe Gama. Graduou-se em música popular pela Unicamp, onde estudou violão com Ulisses Rocha. Pós-graduado pela mesma universidade, defendeu o primeiro mestrado em música sobre a viola caipira do país, com pesquisa sobre o lendário violeiro Tião Carreiro, sob orientação do Prof. José Roberto Zan.
Integrou importantes grupos no cenário da viola como Trio Carapiá e Orquestra Filarmônica de Violas, grupo criado e dirigido por Ivan Vilela onde teve contato e aprendizado com este e outros mestres da viola como Vinícius Alves e Messias da Viola, e que desde 2011 está sob sua direção.
É professor de viola caipira da EMESP Tom Jobim (desde 2005) e da Faculdade Cantareira (de 2009 a 2018), autor do método de viola utilizado pelos professores do projeto Guri e do livro/CD “Viola Caipira - arranjos instrumentais de musicas tradicionais”, vencedor do prêmio Ney Mesquita e com 2a edição relançada em 2019 em formato eBook com vídeos. Desde 2002 orienta grupos e orquestras de viola, participa de festivais e ministra oficinas sobre viola por todo país, tal como a Orquestra de Viola Caipira de São Pedro, sob sua direção desde 2013.
Em 2010, com seu trio formado por Alberto Luccas (baixo acústico) e Cleber Almeida (bateria e percussão), lançou “Viola Brasileira”, seu primeiro álbum em carreira solo, elogiado pela crítica especializada por inovar ao trazer a viola para esse contexto moderno da improvisação, registrando pela primeira vez essa abordagem e formação de trio jazzístico com a viola caipira.
Entre os lançamentos de 2021, está também o EP Viola Paulista, Vol. 2 - Parte 2 que integra o album/coletânea Viola Paulista Vol.2, onde participou com sua composição "Linha Motriz". Também em 2021 foi idealizador e diretor artístico do elogiado Festival Viola da Terra, participou da 3a edição (festival online) do histórico Violeiros do Brasil – Projeto Memória Brasileira, e foi um dos 10 finalistas na categoria instrumental do festival nacional eFestival com "Linha Motriz".
Junto a Andrea dos Guimarães (voz) e Daniel Muller (piano e acordeom) formou em 2002 o Conversa Ribeira, premiado grupo que recria a música caipira que atualmente chega ao seu 3o álbum “Do verbo chão”. Em 2014, lançou o álbum “Cordal” em duo com o músico Almir Côrtes combinando viola caipira, violão, bandolim e guitarra, projeto apresentado em turnê em abril de 2015 nos EUA e no Instrumental Sesc Brasil. Em 2016 participou e assinou os arranjos e direção musical de “Açoite”, 4o álbum de sua irmã, a cantora Juliana Amaral, com quem trabalha desde 2003.
Participou de mais de 30 álbuns, além de trabalhar com nomes como Renato Teixeira, Robertinho Silva, Natan Marques, Guinga, Luis Felipe Gama e Ana Luiza, Mônica Salmaso, Renato Braz, Toninho Ferragutti, Nailor Proveta, Ivan Vilela, Neymar Dias, Paulo Freire, Ricardo Herz, Paulo Braga, Weber Lopes, Ricardo Matsuda, Isa Taube, Consuelo de Paula, Jean Garfunkel, Wolf Borges, Harvey Wainapel, Jovino Santos Neto, Fábio Presgrave, Rodrigo Digão Braz, Gustavo Bugni, Orquestra Municipal de Jundiaí, Orquestra Sinfônica de Sorocaba e Piracicaba, entre outros.